quinta-feira, 18 de março de 2010

Entrevista Marcelo Mendes

Por Marcio Figueiredo

Em conversa com Marcelo Mendes, gestor da Lona Cultural Renato Russo, descobrimos que, segundo ele, as portas estão abertas aos artistas insulanos. Há alguns poréns, é fato, caso você queira se apresentar, mas não chega a ser algo preconceituoso, pelo contrário, Marcelo afirma que o atendimento é igual a todos, inclusive quando se trata das oficinas oferecidas pelo espaço, que atende ao público de todas as classes. Ele ainda conversou sobre seu trabalho voluntário e avisa: dia 20 de março terá um abraço no portão da Casa do Índio, em prol do próprio local, movimento organizado pela Comissão de amigos da Casa do ìndio. Ainda na entrevista, Marcelo conta o que é preciso para apresentar seu trabalho musical na Lona. Há espaço para todos os estilos. Deixe seu comentário. Em breve, entrevistas com quem já se apresentou na Lona Cultural Renato Russo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Banda Alma Livre




Por Marcio Figueiredo

Em mais uma surpresa que a Webrádio Ilha tem me proporcionado, conhecí recentemente a banda Alma Livre. Posso dizer que dessa vez, não é um achado da rádio pois o tecladista Naldinho se cadastrou no site e pude assim conhecer um pouco mais de um reggae livre, sem preconceitos que vive fazendo através do entretenimento, suas tentativas para um mundo melhor. De imediato, percebí que a banda se encaixava na proposta da rádio. Sabemos que a música autoral no Brasil tem pouquíssimos espaços, resolvemos então, fazer uma entrevista com a banda e assim, ajudar na difícil tarefa de levar a frente mais um trabalho próprio em nosso país de contrastes. Em contato conosco, estiveram o vocalista e guitarrista Alves, que também é o compositor e o Naldinho que nos atendeu com aquela energia positiva peculiar aos músicos sinceros e honestos com sua própria música. Porém, para uma banda com nove anos de existência, podemos creditar as respostas ao conjunto. Conheça então um pouco da banda Alma Livre.


WEBRÁDIO ILHA - Para você o que mais caracteriza o reggae roots?

ALMA LIVRE - Nós do Alma Livre, achamos que, o que caracteriza o reggae roots é a sua simplicidade somada a necessidade de expressar os sentimentos mais sinceros de um povo, tribo ou nação, muitas vezes oprimidos não apenas pelo sistema, mas pela pobreza, pela miseria, pela falta de amor e justiça.

WRI - Existe algum propósito maior em tocar no Alma Livre e qual seria a maior ambição da banda?

AL - Nosso propósito como banda, é levar a nossa música ao alcance de todos, com respeito pela inteligência de quem nos ouve, com empenho, dedicação, prazer, alegria e gratidão pela vida.

WRI - No último novembro a banda completou nove anos de existência e sabemos que dar continuidade a um trabalho musical no Brasil é uma tarefa árdua. O que vocês costumam fazer para manter o entusiasmo em tocar?

AL - Temos em nós que, apesar dos problemas e dificuldades, quando se busca algo na vida além do que pode ser visto ou tocado, quando seus verdadeiros valores estão acima daquilo que pode ser comprado ou vendido, quando você cultiva em sí a certeza de que Deus esta ao nosso lado, então tudo fica mais fácil.

WRI - O cenário do reggae roots brasileiro é promissor? Conte-nos um pouco sobre lugares disponíveis, união entre bandas, aceitação de público e mais possíveis orientações que só uma banda com nove anos de estrada possa passar aos mais novos.

AL - O cenário reggae roots no Brasil, não é exatamente o que se pode chamar de promissor, reggae roots enfreta muitos desafios, preconceitos, falta de credibilidade por parte das gravadoras e por consequência da própria midia, o que acaba excluindo e confinando o reggae cada vez mais dentro de pequenos guetos e tribos, claro que há muita gente empenhada em mudar esse quadro, porém a união entre as bandas no Brasil é muito escassa, todos querem a fatia maior pra sí mesmo, sem se dar conta que no final todos acabam perdendo. E para as bandas novas que estão surgindo, nosso recado é que procurem produzir arte com sabedoria com respeito, não apenas pra tirar onda, mas para expressarem seus sentimentos, idéias e sugestões através da música útil e inteligente.

WRI - O site da banda informa que vocês tiveram mais de 3000 downloads completos num site europeu de música livre e que receberam propostas fora do país. Como foi o tramite dessa iniciativa em disponibilizar a música de vocês para um foco de público internacional? Quero dizer, como escolheram o site de download? É preciso saber outra lingua? A expectativa de retorno foi alcançada?

AL - Bem, no final de 2006, gravamos o cd Hoje Eu Sei, que era mais uma demo na verdade, não tinhamos intenção de comercializá-lo, começamos a divulgar e mandamos pra alguns produtores estrangeiros, logo recebemos a proposta e convite de um site europeu para disponibilizar nossa música na web, e assim fizemos, alguns dias depois recebemos o convite para uma mini turne na França e Itália, o que acabou não se concretizando por conta de alguns compromissos já firmados aqui, e prazos muito curtos para envio de documentação, nossas expectativas com a disponibilizaçao foram superadas, com todos os contatos e convites que continuamos recebendo, o fato de falarmos outros idiomas nos ajudou muito a manter um contato mais direto com pessoas do mundo inteiro que curtem nossa música.

WRI - Outra questão que aflige muito as bandas brasileiras é a troca de componentes. Vocês já tiveram problemas com isso? A formação é a mesma nesses nove anos de vida?

AL - Essa questão aflige não só as bandas brasileiras, é comum receber notícias de bandas no mundo inteiro se desfazendo ou trocando integrantes, o Alma Livre com exceção do batera, que já é o quarto ou quinto, tem a mesma formacão desde o início, é certo que este é um dos grandes problemas que muitas bandas enfrentam, tanto bandas novas quanto bandas já consagradas. Com as bandas novas o problema é maior, o início de carreira é muito dificultoso e muitos integrantes acabam se desanimando e consequentemente desistindo.

WRI - Em relação a shows, quais os principais festivais vocês participaram? Já tocaram com alguma atração internacional ou consagrada no Brasil? Existe algum show em especial que vive no coração do banda? O show do video "culpados" disponivel no youtube me pareceu uma apresentação inesquecível, isso confere?

AL - Bem já tocamos com muita gente ao longo desses anos, em alguns festivais e eventos como Festivais de Verão e Inverno - Litoral Norte, em Bertioga, Festival Tocando na Vila - Sesc Vila Mariana, Os Melhores do Reggae - Expresso Brasil em São Paulo - , Projeto Reggae S.Miguel, entre outros, ao lado de bandas como O Rappa, Tribo De Jah, Alfa Blonde e Planta e Raiz. O show culpados, foi realmente um show muito importante pra nós, e apesar da falta de estrutura e recursos, ele acabou nos proporcionando muita alegria e satisfação.

WRI - Vocês foram selecionados ano passado pelo Programa do Luciano Huck para participarem do quadro "Olha minha banda". Eu considero um privilégio considerável a julgar pelo numero de bandas existentes no Brasil. Que tipo de retorno direto no trabalho da banda, vocês sentiram com essa seleção?

AL - Nós ficamos muito felizes e surpresos, em uma semana os acessos nas páginas da banda quadriplicaram, recebemos mensagem, elogios e apoio do Brasil inteiro, foi muito importante para nós, acreditamos que bons frutos ainda virão através do programa do Hulk, estamos contando com o apoio desse gigante para divulgação a nível mundial do nosso trabalho, principalmente nesse ano de 2010 que acreditamos será um ano de muitas realizações para nós.

WRI - Pra terminar, o que o Alma Livre planeja para o ano de 2010?

AL - Agora em 2010, estamos lançando nosso novo disco, gravado em inglês e espanhol, um disco cheio de novidades e surpresas, que com certeza criarão muita polêmica entre as tribos por não ser um disco tradicional de reggae, mas mais um apanhado de vários ritmos e estilos, valorizando a liberdade de expressão com responsabilidade, mantendo o foco filosófico social, caracterizando e fazendo jus ao nome Alma Livre.

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Esta é mais uma entrevista feita pela WebRádio Ilha onde você ouve além da banda Alma Livre, outras bandas com músicas autorais.
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mestre Riquinho

Mestre Riquinho confiante da União ficar entre as grandes.

   À frente da bateria da União da Ilha desde 2007, mestre Riquinho teve participação fundamental na conquista do título pelo Grupo de Acesso em 2009. Ele foi responsável, junto com as feras que comanda, por quatro notas dez, o que é simplesmente o melhor resultado possível. Poderia, por isto ou pelo reconhecimento que sua competência lhe trouxe, ou pelos holofotes do Grupo Especial, ter ficado convencido. Mas Riquinho continua o mesmo sujeito simpático e acessível de sempre. Fomos conversar com ele no seu Quartel General, um misto de escritório, sala de recepção e depósito de instrumentos, antes de mais um ensaio de rua. Apesar de estar às vésperas do seu primeiro carnaval como mestre pelo Grupo Especial, Riquinho falou tranquilamente com a gente. E revelou segredos da bateria que a equipe da Webradioilha imaginava que fossem inconfessáveis, como... bem, deixa que ele conta. De quebra, mostrou, na caixa, como é a famosa paradinha da Ilha. Talvez, segredo mesmo seja como se concilia sucesso com simplicidade.



VEJA A MATERIA COMPLETA NO VIDEO ABAIXO


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Texto e entrevista: Flávio Valente.
Video: Letícia Amorim.
Fotos: Mário Márcio.
Áudio: Marcio Figueiredo.
Agradecimentos: Anísio Cabral.
Músicas:
"É Hoje" de Mestrinho e Didi.
"Dom Quixote". A nova letra do samba tem como base a obra da parceria de Arlindo Neto e cia. O refrão do meio e o primeiro verso da segunda estrofe são originais do samba de Gugu das Candongas e parceiros, campeão ano passado.
Compositores: Grassano, Gabriel Fraga, Márcio André Filho, João Bosco, Arlindo Neto, Gugu das Candongas, Marquinho do Banjo, Barbosão, Ito Melodia e Léo da Ilha



Flávio Valente, Mestre Riquinho, Letícia Amorim e Marcio Figueiredo.



                         Letícia, Mestre Riquinho e Flávio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Voltou a Ilha, com muita união

Por Flavio Valente

Por volta das onze horas da noite de sábado, 23 de janeiro, o Grêmio Recreativo Escola de Samba União da Ilha do Governador saiu do relógio do Cacuia em seu tradicional ensaio de rua. A escola parte em direção a sua quadra e, durante o trajeto, vai recebendo o calor dos torcedores. Não há carros alegóricos ou fantasias e os adereços são mínimos, mas os componentes realizam todas as coreografias que farão na Sapucaí.
Quando o Mestre-sala e a Porta-bandeira fazem suas reverências ao público, do chão às varandas, a gente vê a arquibancada e os juízes. Mas o ensaio aberto não termina como um desfile, na área de dispersão. A escola invade a quadra, levando o público junto, como um rio de gente que não quer parar de sambar.
Não foi fácil fugir da correnteza mas, em frente ao portão principal, conseguimos falar com Aldair da Silva. Diretor de Harmonia recém contratado pela União da Ilha, Aldair veio da Caprichosos de Pilares, escola que ainda defende pelo grupo de acesso. Apesar do pouco tempo de casa, a dedicação de Aldair à União da Ilha já é, mais do que trabalho, emoção de torcedor. Como ele mesmo diz: “fazer o que?”





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Agradecimentos a essa matéria:
Mario Marcio, Aldair da Silva e esposa.
Equipe:
Edição de imagem e camera: Leticia Amorim
Caracteres e camera: Marcio Figueiredo
Texto e entrevista: Flavio Valente

Não tenha vergonha de dizer, nem de repetir, moramos num lugar maravilhoso, compartilhe dessa iniciativa, cadastre-se na rádio, mande sugestões, participe, acesse WEBRADIO ILHA
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mensageiros do Vento - Consciência e arte

Há tempos conhecí o Fábio Shiva em uma rádio na Tijuca, Rio de Janeiro. Eu estava lá para ser entrevistada com o projeto musical que fazia parte na época. Como a vida é cheia de surpresas, depois de 4 anos, o reencontro, só que agora com os papéis trocados, pois agora sou eu quem trabalha para uma rádio e ele que nos apresenta o seu projeto musical: Mensageiros do Vento.

Fabio Shiva, agora está em Itapoã, Salvador, Bahia onde a banda Mensageiros do Vento começou sua história. Em novembro de 2007, realizaram o primeiro show. Hoje já são mais de 2 anos juntos.

Obviamente, Fabio não abandonou o seu talento para rádio, e continua fazendo programas, agora com Fabricio Barreto, alguns dos quais tivemos a honra de disponibilizar aqui na Webradio Ilha. Trazendo sempre muita música, informação e consciência, asseguro aos ouvintes que trazem também muito alto astral e profissionalismo. Cuidadosamente elaborados, selam o compromisso de nos manter ligados nas novidades vindas da Bahia, sempre mostrando novas bandas de Salvador. O último programa, postado este mês, traz uma verdadeira viagem pela história do rock no Brasil: Rockstória.

De mesmo título, o espetáculo de estréia da banda Mensageiros do Vento surpreendeu pela proposta criativa e inovadora de sincronizar a apresentação ao vivo com filmes e imagens exibidas no telão. Foi elaborado um vídeo-documentário musicado sobre a história do rock no Brasil e também um passeio pelos momentos mais marcantes de nossa história política, econômica e comportamental. Desde os tempos ingênuos de Celly Campello e da Jovem Guarda até a revolução estética do Tropicalismo. Das canções de protesto dos anos 70 (Raul Seixas, Secos & Molhados) à explosão de bandas na década de 80 (RPM, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Barão Vermelho). E finalmente as novas tendências e fusões que começaram a surgir a partir da última década do século e acompanharam a virada do milênio (O Rappa, Jota Quest, Los Hermanos etc). A banda disponibilizou o trailer do espetáculo em sua página na Internet: VEJA

Com o lançamento de Canções Para Um Mundo Melhor, cuja idéia central é a disseminação de idéias sobre consciência e ambientalismo, surgiram convites para eventos de conscientização, tais como “Dê Asas à Liberdade” (Santo Antonio de Jesus – BA) no dia mundial do meio ambiente e “Luau no Abaeté”, em comemoração aos quinze anos do parque ambiental do Abaeté, Salvador - BA. A qualidade do trabalho musical também gera convites para apresentações importantes, como o show “UCSAL pela Paz”, abrindo para o cantor Chico César, a participação no projeto Pelourinho Cultural e o show na noite de abertura da Feira do Empreendedor 2009, no Centro de Convenções de Salvador.

Os Mensageiros do Vento são a prova viva de que podemos sim fazer mais do que música. Expandindo a nossa arte e unindo forças podemos promover grandes transformações. Como musicista, compositora e estudiosa de musicoterapia, sempre acreditei no poder de transformação da música. A arte que fazemos, seja ela qual for, é muito mais do que se vê. Ali se concentram boas energias ao longo de horas, dias, meses até anos de trabalho árduo, em prol de um sorriso, de uma emoção verdadeira, dos sentimentos que despertamos naqueles que atingimos com esta arte. Fazemos isso com amor. Trabalhar com arte é um privilégio, que devemos usar com sabedoria, para invadir os corações e deixar sementes de paz e esperança de um mundo melhor. E que elas brotem!

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Essa é uma matéria feita pela WebRádio Ilha
Ouça clicando aqui

Conheça mais sobre a banda Mensageiros do Vento
Site

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Rock História - Especial Fim de ano

Os Mensageiros do vento prepararam um programa especial de fim de ano sobre o rock.

Programa 03 - Especial Fim de ano.

Clique para ouvir

Equipe WebRadio Ilha